Diferença
dos sexos – um pouco de história e filosofia!
A expressão diferença dos sexos é
usada, inicialmente de um modo pré-teórico, que não prejulga o estatuto da
diferença, nem o que inclui á redutível ou não, cultural ou natural. Porém a
expressão em comento – diferença dos sexos – de modo terminológico acabou sendo
recusada por alguns autores, foi preferida construção social dos sexos ou até
mesmo classe dos sexos, pois a priori caracterizam a diferença dos sexos como
produção social. O conceito de gênero – gender
– importado dos Estados Unidos propõe uma resposta para esta problemática.
O questionamento filosófico parte da
mulher como o outro do sujeito falante, pensante e desejante. Encontramos já na
Grécia antiga, dois posicionamentos. Aristóteles entende que há uma dupla
natureza, a do homem e a da mulher. Platão compreende uma unicidade da natureza
e dos papeis do homem e da mulher. Porém mencionadas diferenças de pensamento
desaparecem na confirmação de uma hierarquia comum entre os sexos, ou seja, na
dualidade ou na unidade, há o mais e o menos, e o menos está do lado da mulher.
Os pensadores do sujeito moderno
entendem o ser humano como individuo e elaboram as relações humanas por meio de
direitos. Recorrem frequentemente à questão da força física para justificar a
dominação do pai ou do marido sobre a mulher e a exclusão das mesmas do
universo público. A defesa dos direitos privados das mulheres conduz
frequentemente a uma condenação do estupro e ao direito ao divorcio, por
exemplo.
Em 1949, Simone de Beauvoir
apresenta a ideia de que os problemas de relação entre os sexos e suas
modalidades sociológicas, econômicas e psicológicas são consequências de uma
única estrutura de dominação que é culturalmente construída e passível de ser
superada.
Já
as teorias dos anos 1970, a partir do movimento internacional politico de
libertação das mulheres, tem em comum o ideário de que as relações entre os
sexos podem ser objeto de uma ação transformadora. O Feminismo introduziu uma
revolução, e não uma evolução. Revolução das relações entre os sexos, sem um
modelo ideológico prévio.Referencia bibliográfica: dicionario critico do feminismo, UNESP.
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